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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

TRONO DE DEUS - PARTE VII - TRIBUNAL DO JUÍZO


1. Entraremos agora na apoteose do assunto proposto nesta simplória série Sobre o Trono de Deus. Será um conjunto de honras e elogios no final da grande controvérsia. Tudo aquilo que aos nossos olhos permaneceu nebuloso, agora, finalmente chega ao seu desfecho. Apocalipse é sem dúvida o Livro das Revelações. Foi orientação de Deus no sentido de demonstrar as sete fases da Igreja de Deus e o Triunfo Final do Seu Filho – O Cordeiro(Ap.5) – A Testemunha Fiel e Verdadeira(Ap.1:5), o Fiel e Verdadeiro (Ap.19:11), o Alfa e o ômega(Ap.22:12), etc.

2. É claro que no Apocalipse estava chegando a hora da abertura do Livro de Daniel que fora cerrado com a promessa de que ele (Daniel) estaria no fim do tempo do fim (Dn. 12:9 e 13).

3. Para aqueles que propagam serem Daniel e Apocalipse livros místicos e esotéricos, estão profundamente equivocados. Muito menos são livros parabólicos. Não há nenhuma ilação a qualquer indício alegórico. A simbologia nele contida foi proposital da parte do Autor Espiritual, o Espirito Santo (2Pe. 1:19-20), assim como da parte do seu autor intelectual, o profeta João (Ap.1:1e9).

4. Como o Livro das Revelações tem o seu começo como se fora uma epístola antiga, e seria para leituras públicas como era feito o Livro da Lei (a Torah), por isso João se antecipa e escreve focado no objeto de uma leitura púbica (Ap.1:3 p.p). A saudação e a doxologia já nos indica uma das 28 doutrinas fundamentais das Escrituras:

A Divindade Composta de Três.
O Pai, o Filho e o Espírito Santo.
(Ap. 1:4 e 5).

5. Logo no seu início o profeta João teve sua visão apocalíptica onde encontramos 51 passagens sobre Grande Trono de Deus (no singular, frise-se), somente em Apocalipse.

6. No contexto do verso 4, João viu os 7 Espíritos de Deus diante do Trono - Trono, que no singular significa único. Quem está diante do trono pode estar assentado ou em pé. A idéia aqui já nos remete a um passado significativo - o tempo da saída do Egito quando Deus manda que Moisés construa a Tenda da Congregação (Ex. 25:31). Ali Deus instrui que seja construído um candelabro de ouro batido, contendo 7 hastes(Ex. 37:17).

7. Logo no seu início, já temos a intervenção do Santo Espírito de Deus em Plenitude. Sem forçar a contextualização, mas provocando a harmonia textual, nos remetamos à profecia messiânica de Isaías 12: 1e2, pois sobre o Renovo da casa de Jessé repousaria o Espírito: (1) – do Senhor; (2) – que dá Sabedoria; (3) e Entendimento; (4) – traz Conselho; (5) – e Poder; (6) – dá Conhecimento; (7) e de Temor do Senhor. Estes são os elementos com os quais somos habilitados por Deus para exercermos a nossa vida cristã de forma bem sucedida. Sem estas virtudes administradas na forma plena da atuação do Espírito em nossa vida é totalmente impossível ser mensageiros do Senhor.

8. Ainda segundo o mesmo profeta João, ele foi convidado a subir e passar por uma porta aberta no Céu, onde ele, tomado pelo Espírito, esse mesmo Espírito que acabamos de falar, foi colocado diante dele um Trono no Céu e nele estava sentado Alguém... (Ap. 4:1-3).

9. E o que é mais estranho é que diante do trono saíam relâmpagos, vozes e trovões. E diante d'Ele (do que estava assentado no Trono), estavam acessas 7 lâmpadas de fogo, representadas por 7 tochas de fogo, que são os 7 Espíritos de Deus. Parece incrível que diante do Trono o Espírito se encontre muito bem posicionado, em completa atividade divina. E diante do Trono e não foram vistos outros tronos a não ser os 24 tronos dos 24 anciãos (Ap. 4:4) que também estavam assentados.

10. Apocalipse 5, também faz referência Àquele que está sentado no Trono, e mais uma vez a referência é simplista e verbalizada no singular, dando contas de quem está assentado no Grande Trono, único por sinal não visto até agora (Ap.5:1). Neste mesmo capítulo tomamos conhecimento de que o profeta de Patmos viu um Cordeiro que parecia morto, mas que estava vivo no centro e em frente do Trono (Ap. 5:6), Ele também tinha 7 chifres e 7 olhos que também eram os 7 Espíritos de Deus enviados por toda a Terra. A majestade é a mesma. Não compreende quem não quiser.

11. A Cena centralizadora do Trono de Deus é que precisa ser detidamente estudada nos seus mínimos detalhes – pois os eventos ligados a esta visão dizem respeito aos últimos dias. O Cordeiro se torna o foco da visão. Este lugar é o Centro de Controle Cósmico.

12. É uma cena do início do juízo de cognição, também conhecida como Juízo Investigativo ou Pré-Advento. Está visão responde com clareza a grande pergunta do Daniel 8:13 e elucida a resposta do verso 14. Até quando durará a visão do contínuo sacrifício?

13. A intersecção entre os capítulos 3 e 6, representam um parêntese importante na compreensão de outra das 28 Doutrinas fundamentais da Palavra de Deus – a Doutrina do Santuário – especificamente a Doutrina do Santuário Celestial na qual o Grande Dia da Expiação; o Juízo Pré Advento ou Juízo de Investigação. Dispensa-se aqui a redundância exagerada e não fazem parte do presente estudo.

14. Se errarmos neste particular, a nossa salvação estará totalmente comprometida. Prevendo essa asneira, o Apocalipse registra 51 passagens, todas elas grafadas no singular gramatical, demonstrando que a importância sobre o trono não está num mobiliário que tem o nome de Trono, mas na majestade divina dos seus Personagens Divinos. – Pai, Filho e Espírito Santo.

15. Continuando o cotejo do vocábulo Trono, na Revelação de Jesus, encontramos as seguintes referências diretas: Ap. 1:4, 3:21; Ap. 4:2, 3, 4, 5 (2 vezes), 6 (3 vezes), 9, 10(2 vezes); Ap. 5: 1,6,7, 11, 13; Ap. 6:16; Ap. 7: 9, 10, 11(2 vezes), 15(2 vezes) e 17; Ap. 8:3; Ap. 12:5; Ap. 14:3; Ap. 16:17; Ap. 19:4 e 5; É deveras assombrosamente majestático. Sempre sem o "s" o qual demonstraria a pluralidade da mobília celestial denominada como trono.

16. Interessante mesmo é o paralelismo que existe entre Ap. 20:4, 11 e 12 e Dn. 7: 9 e10, mostrando com profundidade o contexto do Juízo Investigativo. Demonstra com clareza a natureza da hora em que estamos vivendo a guisa daquilo que se desenvolve nas Côrtes Celestiais.

17. O epílogo deste assunto se encontra nos últimos capítulos do Livro das Revelações de Deus – mais precisamente em Apocalipse (Ap. 22: 3 e 4) – eis a grande realidade. Convém salientar que este evento ainda está no futuro. É uma profecia ainda não cumprida. Todos aqueles que forem havidos por dignos, estarão ladeando o Grande Trono Branco do Ancião de Dias, visto por Daniel (Dn. 7:9 e 10). Ali participaremos do cenário final do Grande Juízo de Deus ao redor do Trono (Ap.20: 4, 11 e 12. É bom estarmos bem lembrados disto. Por quê? A resposta está nos versos 11- 12. Depois disto Verso 3 e 5. São taxativos. Os tronos que ali foram postos serão para assentos dos salvos de todas as eras. Importante é salientar que Aquele que está sentado no Trono, onde o verbete trono está sempre grafado no singular. Porque também é singular a presença d'Aquele que está sentado no Trono.

18. A conclusão de tudo é Ap.22:3. Todas as vezes que encontramos no Bíblia a palavra Deus, lembremo-nos sempre de que o autor está se referindo à Trindade, ou seja, a Divindade Composta de três – o Pai, o Filho e o Espírito Santo.

19. E quando se refere ao Cordeiro, o autor do Apocalipse está se referindo ao Filho de Deus, de Jesus Cristo, da Sua Humanidade que jamais se desfará por toda a Eternidade. O Cordeiro será sempre a certeza de todos os filhos de Deus de que o pecado não se levantará por duas vezes (Naum 1: 9). É conveniente e extremamente necessário bebermos um pouco na inspiração profética de EGWhite:

" O caminho para o trono e Deus está sempre franqueado. Não podeis estar sempre de joelhos em oração, mas vossas silenciosas preces podem ascender constantemente a Deus pedindo força e direção. Quando tentados, recebereis o poder para refugiar-vos no esconderijo do Altíssimo. Seus braços eternos estarão por baixo de vós. Que possam encorajar-vos estas palavras.
Conselhos sobre Saúde, 362/3.

"No Lugar Santíssimo vi uma arca, cujo alto e lados eram do mais puro ouro. Em cada extremidade da arca havia um querubim com suas asas estendidas sobre ela. Tinham os rostos voltados um para o outro, e olhavam para baixo. Entre os anjos estava um incensário de ouro. Sobre a arca, onde estavam os anjos, havia o brilho de excelente glória, como se fora a glória do Trono da Habitação de Deus. Jesus estava junto à arca, e ao subirem a Ele as orações dos santos, a fumaça do incenso subia, e Ele oferecia suas orações ao Pai com o fumo do incenso. Na arca estava a urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão que florescera e as tábuas de pedra que se fechavam como um livro. Jesus abriu-as, e eu vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus". Cristo no Seu Santuário – 12/4.

" O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o Trono de Deus". O Grande Conflito, pág. 414; Cristo no Seu Santuário – 17/6

"Como foi declarado, o santuário terrestre fora construído por Moisés, conforme o modelo a ele mostrado no monte. Era uma figura para o tempo então presente, no qual se ofereciam tanto dons como sacrifícios; seus dois lugares santos eram figuras das coisas que estão no Céu" (Hb. 9:9 e 23); Cristo, nosso grande Sumo Sacerdote, é "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, o qual o Senhor fundou, e não o homem". Heb. 8:2.

"Sendo em visão concedida a João uma vista do Templo de Deus no Céu, contemplou ele ali sete lâmpadas de fogo(Ap. 4:5) que ardiam diante do Trono. Viu um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso, para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do Trono (Ap. 8:3). Com isto permitiu-se ao profeta ver o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo e o altar de ouro representados pelo castiçal de ouro e o altar de incenso no santuário terrestre. Novamente, abriu-se no Céu o Templo de Deus (Ap. 11:19), e ele olhou para dentro do véu interno, no Santo dos Santos. Ali viu a Arca do Seu Concerto, representada pelo escrínio sagrado construído por Moisés a fim de conter a Lei de Deus". Cristo no Seu Santuário – 37/3

"Assim foi com os discípulos de Cristo, mesmo quando o Salvador estava com eles em pessoa. Seu espírito se havia imbuído da idéia popular acerca do Messias como príncipe terreno, que exaltaria Israel ao Trono do domínio universal, e não compreendiam o sentido de Suas palavras predizendo Seus sofrimentos e morte" Cristo no Seu Santuário – 68/5.

" O esplendor sem-par do tabernáculo terrestre refletia à vista humana as glórias do templo celestial em que Cristo, nosso Precursor, ministra por nós perante o Trono de Deus. A morada do Rei dos reis, em que milhares de milhares O servem, e milhões de milhões estão em pé diante d'Ele (Dn. 7:10), sim, aquele templo, repleto da glória do Trono Eterno, onde serafins, seus resplandecentes guardas, velam a face em adoração – não poderia encontrar na estrutura mais magnificente que hajam erigido as mãos humanas, senão pálido reflexo de sua imensidade e glória. Contudo, importantes verdades relativas ao santuário celestial e à grande obra ali levada a efeito pela redenção do homem, eram ensinadas pelo santuário terrestre e seu culto." Cristo no Seu Santuário – 89/3

"Os lugares santos e santíssimo do santuário celeste são representados pelos dois compartimentos do santuário terrestre. Sendo, em visão, concedido ao apóstolo João vislumbrar o Templo de Deus nos Céus, contemplou ele, ali, "sete lâmpadas de fogo" que diante do Trono ardiam (Ap. 4:5). Vi um anjo, "tendo um incensário de ouro; e foi-lhe dado muito incenso para o pôr com as orações de todos os santos sobre o altar de ouro, que está diante do Trono". (Ap. 8:3).

"Foi permitido ao profeta contemplar o primeiro compartimento do santuário celestial; e viu ali as "sete lâmpadas de fogo", e o "altar de ouro", representados pelo castiçal de ouro e altar de incenso, do santuário terrestre De novo, abriu-se no Céu o Templo de Deus (Ap. 11:19), e ele olhou para dentro do véu interior, ao lugar santíssimo. Ali viu "a arca do Seu concerto, representada pelo receptáculo sagrado, construído por Moisés, para guardar a Lei de Deus." Cristo no Seu Santuário – 89/4

"A Cristo pertence a glória da redenção da raça decaída. Através das eras eternas, o cântico dos resgatados será: "Àquele que nos ama, e em Seu sangue nos lavou dos nossos pecados, ... a Ele glória e poder para todo o sempre." (Ap. 1:5 e 6).

"E assentar-Se-á, e dominará no Seu Trono, e será sacerdote no Seu Trono. AGORA NÃO ESTÁ NO TRONO DE SUA GLÓRIA; O REINO DE GLÓRIA AINDA NÃO FOI INAUGURADO. Só depois que termine a Sua obra como mediador, Lhe dará Deus o Trono de Davi, Seu pai, reino que não terá fim".(Lc. 1:32 e 33).

" Como sacerdote, Cristo está agora assentado com o Pai em Seu trono (Ap. 3:21). No trono, com o Ser eterno e existente por Si mesmo, é Ele o que tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; que em tudo foi tentado, mas sem pecado; para que possa socorrer aos que são tentados. Se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai. Isa. 53:4; Heb. 4:15; 2:18; I João 2:1. "Sua intercessão é a de um corpo ferido e quebrantado, de uma vida imaculada. As mãos feridas, o lado traspassado, os pés cravejados, pleiteiam pelo homem decaído, cuja redenção foi comprada com tão infinito preço". Cristo no Seu Santuário – 90 e 91

20. Termina aqui o nosso pequeno arrazoado sobre a matéria mais controvertida para os nossos amigos antitrinitarianos que estão a implodir a fé e a certeza de uma dezena de milhares de incautos irmãos, distraídos com a pregação de que o Espírito Santo não é Deus. Com relação a esste particular sejamos anátema.

21. Oxalá que da boa leitura dos enxertos desta Série, eles se convençam da indignidade de administrar uma doutrina tão correta como a Divindade do Espírito de Deus, e com isso comprometerem a salvação deles e dos outros incautos ouvintes que lhes dá atenção.

22. Por fim, o cavalo de Tróia deles ainda é Apocalipse 22:3, como se o texto estivesse significando duas mobílias reais. Quem melhor explicita o texto supra é o próprio João em Ap. 3:2. A inspiração não está a falar de mais de um trono para a Divindade. O próprio Filho de Deus incentiva vencermos e nos assentarmos no Seu Trono com Ele na qualidade de vencedor, venceu e assentou-Se no Trono com Seu Pai.

23. O autor do presente texto e que ao final subscreve tem absoluta certeza de que as visões de João retratadas em todo o conteúdo de Ap. 22:3 e Ap. 3:21 se coadunam e não se contradizem com os mesmos verbetes estudados ao longo da Série.

24. Viveremos na Eterna Presença de Deus o Pai, Deus o Filho e do Deus Espírito Santo.




25. A todos os estudiosos internautas e crentes em Jesus Cristo, concluímos dizendo: Que o Senhor lhes abençoe e lhes guarde; que o Senhor faça resplandecer o rosto sobre vocês e de vocês tenha misericórdia; o Senhor sobre vocês levante o rosto e lhes dê a paz (Nm. 6:24-26) – a Bênção Sacerdotal.

Acompanhe toda a série clicando aqui Parte I Parte II Parte III Parte IV Parte V Parte VI

Por Olavo Ferro
Ancião da Igreja Adventista do 7º Dia e
Professor de Escatologia da Classe dos Amigos
Central do Recife
olavoferro@uol.com.br

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