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domingo, 27 de novembro de 2011

TRONO DE DEUS – Parte II

PRIMEIRA MANIFESTAÇÃO GLORIOSA DE DEUS.

Êxodo 3, 19 e 20.


1. A primeira visão majestosa do SENHOR Deus (Jeová) foi proporcionada a Jacó(Gn. 28:11 e 12). Aqui o Filho de Deus confirma sua proposta de salvar o ser humano. Apesar das fraquezas e subornos que Jacó ainda praticaria, mesmo assim Jeová matinha firme a concessão de sua proteção (SDABC, vl 1, 3940).

2. Durante toda a era patriarcal essas aparições majestosas foram constantes. Todavia, o Trono da Majestade nunca fora visto de forma categórica.

3. Os anos se passaram na história do Povo de Deus. Veio então o cativeiro do Egito, onde Israel ficara cativo por 430 anos, em razão de um processo de assimilação da cultura religiosa egípcia.

4. Deus suscitou Moisés. Conduzi-o ao Deserto do Sinai. Levou-o ao Monte Sinai, Monte Sagrado. Ali Deus faz a Sua segunda manifestação gloriosa, destafeita, através de uma sarça ardente. Um espinheiro para sermos mais preciso. Da caixa de diálogo que ocorreu entre o Anjo do Senhor (YHWH/ Jeová) e Moisés, nenhuma semelhança divina foi vista por ele, a não ser a Sarça Ardente. O resto é História. Mas, sem duvida, num primeiro instante, Deus mantém a comunicação com o ser humano de forma majestosa e maravilhosamente registrada no Livro Sagrado.

5. O Eu sou o Que Sou (Ex.3:14), Foi tudo o que Moisés ouviu. Mas ainda assim, o Trono de Deus não fora conhecido. O Interessante é que desde Gênesis 2 até o Egito a Comunicação Divina sempre foi ostentada pelo Anjo do Senhor a quem conhecemos como o Filho de Deus, YWHW – Javé/Jeová.

6. O mandato de líder do povo de Israel foi outorgado a Moisés. Contudo, seria Ele (Deus) o Libertador do Povo de Israel o cativeiro do Egito. Deus carregaria Seu povo em Seus braços até o Deserto do Sinai, onde ratificaria a promessa que fizera, concomitantemente, a Abraão e a Moises na visão da Sarça Ardente (Ex. 3:12).

7. Ali ao pé do Monte Sinai Deus celebra Sua Aliança do Sinai – numa visão ultra maravilhosa, onde o povo foi autorizado a armar o seu acampamento. Deus chamou o povo depois de todos os cuidados, de todas as cautelas, etc. Ali, Deus conclama a nação de Israel para uma Aliança de Obediência Voluntária. Leva-a até ao Pé do Monte, e o Senhor numa Nuvem Escura, fala ao Povo, dizendo que ele (o povo) ouviria "a Sua conversa com Moisés para que sempre pudesse confiar nele (Ex. 19: 9-12).

8. Até então, ninguém viu nenhuma forma do Trono da Majestade. O Monte foi coberto por uma nuvem espessa, sem a manifestação da presença visual de nenhum dos personagens da Família Celestial. Os versos 13 a 24 nos mostram em palavras uma mensagem prodigiosa de como Deus (Jeová) se manifestou diante do Seu Povo, na escuridão. Deus velou Sua Glória, da mesma forma que o fez no Monte Calvário no Dia do Sacrifício do Cordeiro. Ali foi uma Aliança de Sangue – foi o mais sublime de todos os Sacrifícios.

9. Contudo, nenhuma manifestação gloriosa do Trono de Deus foi vista. O monte fumegava. Dele saia fumaça. Apenas o som da trombeta, relâmpago, vozes, trovões, buzinas (Ex. 19:16; 40:34; 1Cr. 5:11; Ap. 4:5, 8:5;; 11:19 e 16:18).

10. Interessante é que nos textos apocalípticos acima citados, essa manifestação explosiva e majestosa da presença Divina foi DIANTE DO TRONO. Observe-se que o vocábulo trono aqui se encontra gramaticalmente grafado no singular.

11. A dotação da Santa Lei de Deus foi outorgada diante da manifestação, de vozes, trovões, relâmpagos, sonido de trombeta. Como deve ter sido maravilhoso e terrível ver esta revelação de Deus. Mas, gosta ríamos de fechar esta Parte II, com o texto esplendoroso que encontramos em Êxodo 25:8. Foi pela Escritura que encontramos a Opção de Deus habitar no meio do Seu Povo.

" E Me farão um Santuário e habitarei no meio deles." Êxodo 25:8

12. Pois bem, o verbo habitar na língua hebraica tem como mensagem "Lishkon" com o sentido de Tabernáculo, que deu origem a Tenda da Congregação – "Mishkan" com o sentido igual a habitar – fazer uma tenda – É Deus habitando entre nós – dai a palavra Emanuel. A raiz da palavra mesmo é "Shkân", donde vem, pois, a origem da palavra "Shechinah" – Significando a eminente presença de Deus (nos dizeres de Matheus Guimarães).


13. Ai já se visualiza na Terra o Trono de Jeová representado pelo Santuário Terrestre. Realmente quem sempre esteve assentado nele foi o Senhor Adonai representado por Aquele que é, que era e que há de vir (Ap. 1:4 e 8).

14. O Santuário Terrestre era um símbolo do Trono de Deus (no singular, porque não há outro ou mais de um). Sobre isto veremos mais amiúde no decorrer do nosso trabalho expositivo.

15. Aliás, o nome Adonai, o Senhor, tem um significado muito extenso. É um título d'Aquele que é dono de tudo, o que existe. A palavra Senhor, tanto é usada para Deus o Pai, como para Deus, o Filho, sendo impossível muitas vezes se afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.

16. Como no Plano Redentivo de Deus, Jeová o Filho foi quem arrostou pessoalmente com o processo da nossa Salvação, dai a Sua efetiva presença à frente de todo o procedimento Redentivo. O Pai autoriza a consumação do Plano, e o Espírito aplica na vida dos seres humanos os efeitos da morte vicária do Filho.

17. Logo a preeminência de Jesus na Operação Resgate do Planeta Azul e de seus habitantes, viria mais tarde, quando Ele for declarado Rei dos Reis e o Senhor dos Senhores. Notadamente Ele reinará do Seu Trono na Terra Renovada, cumprindo-se, desse modo, a profecia. (Rm.11:36; Cl. 1:15-20).

18. A sugestão é para que os textos acima aludidos como referências bíblicas sejam lidos também numa Bíblia editada numa linguagem moderna – NVI/NTLH/TB.

19. Entendemos que tanto o Pai como o Espírito Santo, o nosso Paracleto, o outro Consolador, não estão, em momento algum, reclamando a titularidade pertencente unicamente ao Filho de Deus em todo o processo de purificação do Universo por causa da mancha produzida pelos efeitos da rebelião luciferiana. Pelo contrário, há toda uma conjuminância do Trio Celeste composto pelo Conselho Secreto da Vontade de Deus (Ef.3:11), purificando o Universo inteiro da mancha do pecado.

20. Com isso, concluímos a segunda parte deste breve estudo apocalíptico do grande Drama Universal, citando o que o Espírito de Profecia inspirou a EGWhite:

” Procurai corresponder à expectativa de Jesus Cristo. Ele auxiliará em todo esforço feito na direção certa. Lembrai-vos de que não há um ato da vida, nem sentimento do coração, que não esteja exposto à graça do Salvador."
Conselhos s/Saúde , p 362, §3º.

"Posto que a mente finita do homem não seja apta a penetrar nos conselhos do Ser infinito, ou compreender completamente a realização de Seus propósitos, muitas vezes é por causa de algum erro ou negligência de sua parte que tão palidamente entendem as mensagens do Céu".
Cristo no Seu Santuário, pg. 68 §5º

Até a parte III.


Olavo Oliveira Ferro
Igreja Adventista do 7º Dia - ICR
olavoferro@uol.com.br.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TRONO DE DEUS – Parte I

Esta é a parte inicial da Série sobre o Trono Celestial de Deus. O Estudo será apresentado em 7 capítulos. 

O TRONO DE DEUS NO CÉU.


INTRODUÇÃO.

1. Encontramos em todas as Escrituras, aproximadamente, apenas 59 textos falando expressamente do Trono do Deus Altíssimo.

2. Destes textos, apenas 08 estão no AT e o restante no NT. Pormenorizando ainda mais a pesquisa, somente no Livro das Revelações – o Apocalipse, se encontra a sua maior parte dos versos (51) que registram o objetivo das citações e sua finalidade.

3. Por sinal o assunto está amplamente ligado com a habitação de Deus em relação ao resgate do Planeta que tem sido objeto do tema – o Grande Conflito e/ou a Grande Controvérsia.

4. Ressaltamos mais, que desde o Éden o Senhor Deus Jeová tem sido muito pródigo em demonstrar o seu interesse em trasladar o Seu Império Divino, a Capital do Universo para a Nova Terra, ou melhor,  na Terra Renovada (Ap. 21:3; Is.62:11 e 12 e 65:17 e seguintes).

5. Em suma, este é o Projeto de Deus desde a Eternidade, tão eterno quanto Ele – o Senhor Deus nosso Pai, Seu Filho Unigênito e o Espírito Santo.

HABITAÇÃO TERRESTRE.

6. O primeiro lance que tomamos conhecimento, encontramo-lo no livro dos Gênesis (Gn.3:8). Era costume do Senhor Deus falar com o casal recém criado, antes mesmo da queda. Adão/Eva entretinham um relacionamento saudável e presencial quando ouviam a voz do Senhor.

7. A posteriori, a história religiosa se desenvolveu num clima de tristeza e vergonha. Tudo se modificara. As vestes da inocência cederam lugar a desonra e humilhação. A composição fisiológica do casal se transmudou.

8. Os resultados todos já conhecemos. O casal foi convidado a se retirar do Lar Edênico. Teriam que viver fora das partas do Paraíso.

9. Providências foram tomadas por ocasião do despejo do casal desobediente que a partir de então, seria errante na Terra, até se cumprir a promessa Divina. Formalidades foram providenciadas pelo Senhor Jeová, a fim de que pelo descendente da mulher, o Salvador vindouro pudesse resolver a problemática da desobediência que agora passara a chamar-se de pecado.

DOUTRINA DA SALVAÇÃO.

10. Lá fora, as formalidades daria início a doutrina fundamental por excelência das Escrituras Sagradas – Doutrina do Santuário. Este é o fundamento teológico do Plano da Salvação ideado por Deus.

11. Agora, Adão e Eva precisavam de:

Um Sacrifício,
Um Altar de Sacrifícios,
Um sacerdote e de
Um Intercessor;

12. Enfim, o ser que povoaria o Planeta precisavam na Terra de Um Santuário para Adoração ao Deus Criador.

13. Ali se cumpria o princípio dos Princípios – o Deus que amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito." João 3:16. Ele O deu, não somente para que vivesse entre os homens, mas que tomasse sobre Si os seus pecados, e morresse em sacrifício por eles; deu-O à raça caída. Cristo devia identificar-Se com os interesses e necessidades da humanidade. (Caminho a Cristo, 14).

Continua – na Parte II

Olavo Oliveira Ferro
Igreja Adventista do 7º Dia - ICR
olavoferro@uol.com.br.