Não faz muito tempo, quando eu ainda trabalhava para a SBB, recebi em meu escritório um Pastor de uma igreja evangélica do grande Recife para me fazer uma consulta religiosa. O mesmo sequer sabia que eu era adventista.
A rigor mesmo, o que ele queria era fazer um desabafo. Fora ele convidado para pregar numa cerimônia de gratidão em uma de suas igrejas denominacionais num município afastado, com uma membresia egressa de uma população de classe média/média.
Falou-me que chegou muito cedo para fazer os seus preparativos pessoais para cumprir o encargo para o qual fora comissionado. O culto começou, disse ele, e foram quase duas horas de uma "adoração" que eles chamam de Louvorzão.
Depois dessa longa espera aquele que presidia o evento, chamou-lhe e disse: "Pronto Pastor, o púlpito é seu. O Sr. tem 15 minutos para pregar a Palavra". Arrasado, ele desabafou: não aceitei aquele lapso tão exíguo de tempo para alimentar uma assembléia que ainda estava vivendo o impacto corporal de uma dança frenética denominada de gospel. "Eles a denominaram de coreografia litúrgica. Veja só" O Sr achou que fiz certo Pastor?
Então eu disse para ele que esse era o retrato do fim do tempo do fim. A conversa transcorreu de uma forma muito agradável. Comecei dizendo para ele que esse é o resultado de Amós 8:11 e 12. "Eis que vem dias, diz o SENHOR Deus que enviarei fome na Terra, não de pão nem de água, mas de ouvir as palavras do SENHOR. Andarão de mar a mar, do Norte até o Oriente, correrão por toda a parte, procurando a Palavra do SENHOR, e não a acharão..." Desprezaram a oportunidade e agora não há mais tempo para isso. Eu disse para ele que esse momento de escassez seria um dos sinais do fim e de que a obra sacerdotal de Jesus terminará no Santuário Celestial logo, logo.
Foi ai que me lembrei do artigo do Pr. Michaelson Borges da CPB quando falou de que as igrejas cristãs estão cada vez mais próximas de adotar um código de conduta comum para conquistar conversões entre si e outras religiões proposto pelo Conselho Mundial de Igrejas (CMI). A conversão, às vezes chamada de "furto de rebanho", causa conflitos entre religiões diferentes. Também é conhecida como pesca de aquário. Grupos militantes freqüentemente são acusados de usar táticas desleais para conseguir novos integrantes. O CMI tem sua sede em Genebra e trabalha em cima desta questão junto com o Vaticano. Em Toulouse, na França, algum tempo atrás, só os principais dirigentes da CMI estavam culminando o processo de elaboração de um conjunto de regras. A data limite para a elaboração do código era 2009. No momento eles ainda estão trabalhando, conjuntamente com os dirigentes evangélicos pentecostais, que participam pela primeira vez do diálogo, como um bom sinal para sucesso do projeto.
Pois bem, nessa primeira reunião teve a participação de budistas, hinduístas, muçulmanos, judeus e iorubás, além dos cristãos. Foi emitida uma declaração dizendo que a liberdade de religião é um "direito inegociável de todo ser humano". Evoluindo no tempo, vimos algum tempo atrás o cumprimento profético de Apocalipse 13, quando os dois sistemas religiosos falsos estiveram frente a frente. Qual teria sido a agenda? O que é impressionante nisso é que a segunda besta, a que subiu da terra, esteve frente a frente com aquela da qual se fará uma imagem para que todos a adorem.
Sem crítica e sem censuras, o que dizer dos nossos púlpitos??!!!. Proibidos de pregar será uma obrigação imposta a todos os nossos ministros adventistas (Pastores e Pregadores Voluntários) Todos os pregadores do mundo deverão receber uma credencial da CMI para poder pregar.
O que não estamos fazendo agora em tempos de paz e tranqüilidade, teremos de fazê-lo em tempos difíceis. Então, dar-se-á o cumprimento da profecia do profeta Amós. E mais do que isso, será o cumprimento de Zac. 8:23. É-me permitido transliterar o texto sem agressão ao mesmo, substituindo a palavra judeu por um adventista. Finalmente, como você está de Bíblia meu querido irmão? Esgrima você com esse objeto perfuro-cortante, que penetra até divisão da alma e do espírito...e é apta para discernir pensamentos e intenções do coração? (Heb. 4:12)?
Certo estava Paulo, "Já é hora..."(Rm.13:11). Temos muito trabalho pela frente. Estamos precisando de uma Revolução na Igreja, segundo o Pr. Russel Buril da Divisão Inter Americana dos ASD. No entendimento de D'Áubigné (festejado historiador francês) ; revolução aqui não é sinonímia de revolta. Segundo ele "...muitos confundem revolução com revolta, embora sem razão. Revolução é uma mudança que se opera nas coisas do mundo. É alguma coisa nova que se desenvolve(revolutus) no seio da humanidade".
Por isso, concluo esse editorial fazendo a pergunta que o profeta Isaías fez ao seu povo, e que, todavia, ecoa até hoje: "A que hora estamos da noite?” (Is 21:11 e 12). Resposta: Está na “hora de vos despertardes do sono; porque a nossa salvação está, agora, mais perto do que quando no princípio cremos” (Rm 13:11).
Maranata.
Escrito por Olavo Ferro
olavoferro@uol.com.br
