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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

TRONO DE DEUS – Parte III

SANTUÁRIO TERRESTRE.



1. Como foi que Deus habitou com seu povo no Santuário Terrestre? É uma boa pergunta que merece uma resposta satisfatória e escriturística.

2. Esta matéria encontra-se fundamentada nos livros do Êxodo, Levítico, Hebreus e Apocalipse. Há uma irmanação e uma simbiose explícita e didática nas funções dos Santuários Terrestre e Celestial.

3. E por conta da má compreensão das mensagens destes livros, muitos exegetas comprometidos com sua religiosidade denominacional, constroem dogmas que não são consentâneos com a verdade escriturística da Palavra de Deus. Vamos aos detalhes.

4. Segundo M. L. Andresen(1) , o edifício representado por uma tenda, não era muito grande. Tinha 6 metros de largura por 18 de comprimento. Tinha também uma parte fechada chamada de 'Pátio', com 30 metros de fachada medindo aproximadamente 60 metros comprimento. Na verdade o pátio cercava de forma inviolável o Tabernáculo ou Tenda da Congregação como era assim chamado o Santuário Terrestre.

(1)Andresen M.L, The Santuary Service, CASA, 1983, Brazil.

5. Era um edifício portátil. De acordo com as orientações divinas, era desmontado e facilmente transportado. Perambulou por 40 anos no deserto. Era todo gradeado por tábuas trabalhadas com montagem em base de prata.

6. Nós encontramos em Ex. 36:9-34 uma descrição pormenorizada da arquitetura desse edifício portátil. Aonde quer que o Povo de Israel se deslocasse, carregava consigo o ST.

7. O Edifício era composto e divido em três partes, a saber: o Pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo; todos estavam equipados com mobiliários, como veremos mais a seguir.


8. No Pátio – estavam o Altar de Holocausto/Sacrifícios; No Lugar Santo – ficavam o Candelabro com as 7 hastes com luminárias; a Mesa dos Pães da Proposição; e o Altar de Incenso, que embora sendo uma mobília do Lugar Santíssimo (Hb.9:1-5) rem razão do Sacerdócio Levítico ficava diante do véu; e finalmente, no Lugar Santíssimo, onde ficava a Arca da Aliança, símbolo da Presença e do Trono (no singular) de Deus.

9. Para se ter um vislumbre de como era esse o lugar que Deus resolvera conviver com Seu povo, coletamos uma das muitas imagens da Tenda da Congregação. Ei-la:


10. Ali estava a promessa da misericórdia divina. Pelo comportamento atual e futuro de Seu povo, o Senhor haveria de conferir a bênção e ou a maldição preconizadas pelo ritual do Santuário. Tudo funcionaria como uma lição didática, símbolos que seriam visualizados nas cerimônias Diárias e Anuais até que viesse o Salvador em pessoa.

11. Deus se faria presente, habitando no meio do Seu povo no terceiro compartimento daquela tenda onde se encontrava o transunto do Seu Caráter – na Arca da Aliança, como um símbolo do próprio Jeová (YWHW). Jamais em nosso mundo o Senhor fizera tão claras demonstrações de Sua Presença e supremacia quanto durante esse tempo, quando Ele era unicamente o Rei de Israel.(2)

(2) Present Truth / 1º / Abril / 1886.

12. Sua Arca ora oculta aos olhos humanos, era o lugar da manifestação de Sua Glória, visualizada numa nuvem que cobria o tabernáculo. Moisés faz referência a este assunto dizendo que a Glória do Senhor encheu o Tabernáculo, de dia como uma nuvem e de noite como um fogo. (Ex.40:34-38, Nm. 9:15-23)

13. Mas em momento algum encontramos qualquer registro de uma mobília denominada como um trono, um espaço geográfico específico visto por qualquer mortal – nem mesmo por Moisés.

14. Quem dedicou boa parte do seu livro para mostrar as andanças do Senhor no meio do Seu povo, foi o profeta Ezequiel. Ele dedicou quase todas as páginas do seu livro sobre a habitação de Deus e Sua Glória. Uma visão muito parecida com a visão do profeta Isaías(Is. 6:1-3) e do apóstolo João (Ap. 4:1-3). Só que a visão de Ezequiel sempre foi limitada ao Santuário Terrestre, no caso, o Templo construído pelo rei Salomão. Porém, João viu o Santuário Celestial assim como Isaías.

15. Concluindo esta terceira parte, é própria e tem tudo haver com a citação de EGWhite quando ela afirma que o " Filho de Deus sempre esteve à frente na condução do Plano da Salvação, se expressando de uma maneira belíssima: "

"Ele, que era um com Deus, ligou-Se aos filhos dos homens por laços que nunca se romperão. Por isso, Jesus "não Se envergonha de lhes chamar irmãos". Heb. 2:11.

APELO.

16. Estimado leitor internauta, fica aqui a informação mais preciosa em forma de apelo de que Jesus, o Filho de Deus e ao mesmo tempo o Filho do Homem é nosso. Nossa redenção foi levada a efeito porque Ele nos foi dado como o maior bem do Céu. Sem desmerecer o efetivo mistério do Beneplácito Divino que foi proposto em Cristo com a concordância de Deus Pai e do Espírito Santo, Ele (Cristo foi a expressão máxima da aquiescência divina em favor da raça humana caída e soerguida por Ele na Cruz do Calvário(Ef. 1:4 e 9).Fai a Suas preeminência em Tudo (Rm. 11:33-36).

17. Portanto, não há nenhum demérito a Pessoa do Espírito Santo como um Ser Divino. Não é menor em nada no Pacto da Salvação, apenas o Filho de Deus aceitou o encargo de ser o nosso EMANUEL.

Amém.

Até a Parte IV.

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