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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Doutrina do Espírito Santo - Parte II

PROMESSA DO ESPÍRITO - João 16: 7-15

Nesse primeiro momento, precisamos demonstrar o contexto do assunto sobre o Espírito Santo. Ademais, havemos de saber o porquê Ele teria de vir em lugar de Cristo. Em Sua formal apresentação como o Sucessor de Jesus, seria o outro Consolador. Alguém da mesma espécie. Já que Jesus estaria enviando o Outro, depreende-se que Jesus é o Primeiro Consolador.

Ele (o Espírito) desempenharia uma Missão e uma Obra a ser feita. Seria a Continuação do Ministério de Jesus em favor dos novos membros que se converteriam à família de Deus. Na qualidade de substituto, Ele seria:

1) O Consolador;

2) Convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo;

3) Guiaria em toda a verdade;

4) Anunciaria as coisas que hão de vir;

5) seria Aquele que habilitaria Sua incipiente (incipiente com 'c' e com 's ') Igreja.

Este é um vasto assunto a ser explorado. Não podemos formar uma consciência verdadeiramente religiosa sem estudarmos todos os textos onde se faz presente o Espírito de Deus em todas as Escrituras.

Precisamos, inclusive, saber o que é que Ele não é. Ora sabendo o que Ele é, o que Ele faz e como Ele se apresenta de resto por eliminação se depreende o que Ele não é e nem nunca foi.

Receber o Espírito Santo e ser batizado por Ele é o nosso mais supremo privilégio. Essa é a grande realidade dispensacional. A Nova Aliança demonstrada na Ceia e que agora tomava lugar. A realidade sombria do Santuário Terrestre onde o Salvador cumprira o seu Objeto e o Seu Sacrifício na Cruz, agora era passado.

Essa Obra agora precisava de um Continuador e com a mesma essência, natureza, caráter e propósito – a Vinda do Consolador para substituir Jesus Cristo e para atuar através da liderança da Sua Igreja.

Por exemplo, a dispensação do Espírito Santo seria marcada por três verdades grandiosas a serem assimiladas pelos discípulos de Cristo (João 14 e 16):

1) A prometida vinda do Espírito;

2) O caráter e a personalidade dEle;

3) A missão e/ou a Obra que Ele executaria.

Não nos esqueçamos que os santos profetas do passado (AT), falaram inspirados pelo Espírito Santo (IIPe.1:20e21). Esse é um primeiro enfoque que precisa de um estudo mais apurado ou refinado por todo aquele que nasceu de novo, ou melhor é uma nova criatura – Nasceu da água e do Espírito (Jo/3: 3e5). .

A Terceira Pessoa da Divindade é o nosso Guia direto e pessoal. Estamos sob Sua direção e Proteção de forma pessoal e ativa. Somente nos livros do AT o Espírito de Deus é mencionado 88 vezes em 22 de seus livros.

Desempenhou parte ativa com o Pai e o Filho na criação do Mundo. Foi o agente direto da Encarnação de Jesus e na execução do Plano da Redenção. Maria concebeu Jesus Cristo pelo poder do Espírito Santo. Inspirou os escritores das Escrituras. Encheu de poder a vida de Cristo, uma vez que como humano estava impedido de exercer os Seus poderes divinos. Ele (Cristo) dependia do Pai e do Espírito. (1)

Atrairia e convenceria os seres humanos que se mostram sensíveis e são por Ele renovados e transformados à imagem de Deus. Foi enviado pelo Pai e pelo Filho para estar sempre com Seus filhos. É Ele quem concede à Igreja os dons espirituais. É Ele que nos habilita (capacita) a dar testemunho de Cristo. E, em harmonia com as Escrituras nos guia em toda a verdade.

Gn/1:1 e 2; Lc/1:35; 4:18; At/10:38; IIPe/1:21; ICor 3:16; IICor/3:17 e 18; Ef/4:11 e 12; At/1:8; João 14:16-18,26; 15:26e27 e 16:7-13. ICor2:6-16; Rm/8:26 e 27.

(1)Manual da Igreja, Revisado em 2005, pg/10.

Eis toda a provisão que o Espírito Santo nos outorgou como ASD e através dEle cumprimos a Grande Comissão de Mt/ 28: 18-20. Os ASD surgiram com esse compromisso evangélico. .

Isso é o que Ele é. É a Força Total em Tempo Real e integral. Disponibilidade Total. Nós não temos falta de nada. É só pedirmos em nome de Jesus. E crendo receberemos.

Você sabia que no AT Ele nunca é chamado de o Espírito de Jesus, do Filho de Deus. Somente no NT (Fil.1:19; Gl.4:6). Por que?

A dispensão e autonomia da função era do Filho de Deus. O Jeová. O Eu sou o que Sou. Jesus Cristo. Messias, Ungido. Filho do Homem. Confortador Consolador. Servo Sofredor. YHWH, Amigo. Múltiplos nomes para uma mesma função.

Sempre, tanto AT como no NT e até o Seu retorno ao Céu, toda Liderança Divina foi exercida por YHWH – Jeová – Jesus Cristo. Esse é um raciocínio retroativo. E nos bastidores, encontramos o trabalho maravilhoso do Espírito Santo. Nosso Supremo Privilégio é recebê-Lo como Ele é.

Nos capítulos 14,15 e 16 do Evangelho de João, Jesus se deteve na Promessa da Vinda do Espírito Santo com um assunto preeminente, e para animar Seus discípulos no Grande Desapontamento que eles iriam suportar., através do Supremo Sacrifício de Jesus na Cruz do Calvário. (2)

Embora Cristo tivesse dado tremenda importância ao tema do Espírito Santo, ainda assim quão pouco é ele (o tema) considerado nas igrejas. O aprendizado sobre o Espírito Santo tem sido mistificado e sido tratado fora do seu contexto doutrinário original.

Limitado em sua função terrestre, Jesus em Seu discurso de despedida, apresentou seu Sucessor:

"...Limitado com a humanidade, Cristo não poderia estar em toda a parte em pessoa. Era, portanto, do interesse deles(crentes) que fosse para o Pai, e enviasse o Espírito como Seu Sucessor na Terra." (3)

(2) Bible Echo / 13/11/189e, EGW.
(3) Desejado de Todas as Nações, 644, EGW.

Assim como o sumo sacerdote no Santuário Terrestre era humano, se fazia necessário que o nosso Sumo Sacerdote nas cortes celestiais do Santuário Celestial também fosse humano. Desse modo, podemos inferir que a Mediação e Intercessão de Jesus Cristo no Céu, Ele O faz como o Filho do Homem. Aliás, não podia ser diferente.

Assim sendo, por não compreender essa filigrana e/ou detalhamento da Obra Vicária de Cristo, muitos cristãos desenvolveram uma compreensão fantasiosa sobre o Espírito Santo.

O inimigo das almas, Satanás, o dragão vermelho de Ap/12:3, que com sua cauda arrastou 1/3 das estrelas do céu(Ap/12:4 e Ap.1:20 u.p.), tem mantido muitos crentes incautos aprisionados num entendimento errado a respeito da personalidade, obra, missão e dispensação do Espírito Santo.

E o que é mais impressionante; ensinando, pregando e vivendo no contexto de uma obra que não é o Espírito Santo quem realiza. Essa compreensão errada faz parte da manifestação do erro para que creiam na mentira. Infelizmente tem que ser assim por causa da obstinação do ser humano.

Continua...

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