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sábado, 15 de janeiro de 2011

É a Igreja Adventista do 7º Dia uma seita? - Parte #2

Passado / Presente / Futuro.

Toda religião ou igreja tem a sua história no contexto tricotômico acima referenciado. Origem. Memória Histórica. Foco.

Qualquer religião (Igreja ou "seita") tem que ter o seu referencial histórico. Seu desenvolvimento doutrinário escrituristicamente fundamentado. Sua expansão mundial.

Por definição "Seita" é um ramo dissidente de uma igreja estabelecida, e, portanto, considerado herético para os outros. Ora, a Igreja Adventista nunca foi o resultado da dissidência de qualquer facção religiosa, ou segmento denominacional de qualquer igreja

Suas declarações de crenças têm base bíblicas incontestes. Sua expansão mundial (1868) até hoje se demonstra enfaticamente pelo seu Crescimento Organizacional Globalizado.

Dedica parte do seu evangelismo para explicar o surgimento da Igreja Cristã. São treinados para serem espiritualmente críticos e observadores competentes e imparciais. Compromissados com toda a verdade (João 8:32).

Com o auxílio do profeta Daniel e outros, combinado com João, o vidente de Patmos, buscam a certeza quanto ao seu passado.

Essa providência dá a devida segurança de que estamos certos de que o Altíssimo, "segundo a Sua Vontade", opera com o exército do Céu e os moradores da Terra (Dn. 4:35).

Neste contexto o cristão adventista firma sua convicção abordando o passado profético-histórico de sua própria Igreja num contexto histórico que vai da fundação do mundo num continuísmo do povo que Deus escolheu.

Por isso, a sua prova escriturística se firma na profecia bíblica, retratando o surgimento dos ASD, cujos aspectos só podem ser compreendidos plenamente à luz do Grande Conflito encontrado em Apocalipse 12.

A existência desse conflito provê a base para uma verdadeira compreensão de toda a História do Cristianismo. Aliás, diga-se de passagem, este prolongado conflito deveria ser desenvolvido em toda e qualquer denominação que pretende ser evangélica. É indispensável para a sua manutenção como obreiros de Deus em sua missão.

A par destas informações preliminares, convém salientar que os ASD, não nasceram da dissidência de nenhuma denominação, nem são restos de evangelho de nenhuma instituição evangélica. Sua origem e formação datam de 1839-1888, quando empreenderam uma grande luta em sua compreensão, após o Grande Desapontamento de 1844.

Os ASD abriram caminho diferenciado das demais denominações evangélicas com sua compreensão mais ampla e contrárias às convenções evangélicas, incorporando em suas doutrinas (bíblicas), a reforma quanto ao estado do homem na morte (imortalismo), as três mensagens angélicas de Apocalipse 14, o sábado, sua crença no ministério sacerdotal de Cristo no Santuário Celestial (em toda a Carta aos Hebreus), e por fim, a presença do Espírito de Profecia no ministério profético de Ellen G. White (Ap. 12:17 e 19:10).

Com a presença do pentecostalismo vicejante no Ano Novo de 1901, Topeka, Kansas/USA, numa reunião de Charles Parham com seus estudantes, o universo evangélico a eles se incorporaram sem nenhum questionamento, como hoje se vê.

Um desses 'notáveis foi o que aconteceu na Agnes Azuza Street, que se caracterizou na primeira manifestação de uma língua não idiomática, porém emocional, nunca ouvida e conhecida e muito menos estudada dentro da Filologia.

Com o surgimento desse fenômeno pentecostal, isto foi um passo para que o mundo evangélico se renovasse e passasse a adotar a fenomenologia do "dom de línguas".

Mas, foi com o pregador negro, William J. Seymour, que o pentecostalismo “irrompeu”. Em uma reunião em Los Angeles/USA, quando um garoto de apenas 8 anos foi o primeiro a falar em línguas em 9 de abril de 1906. Seymour e um grupo se congregavam numa igreja na Azusa Street, 312.

Por 3 anos falaram em línguas, chegando a “gritar três dias e três noites seguidas”. Em 1907, W.H. Durham falou em línguas, e tornou-se um dos expoentes do início do movimento pentecostal. A partir de 1908, cria-se em três estágios da salvação: conversão, santificação e batismo do Espírito Santo (evidenciado pelas línguas). Durham pregava dois estágios: conversão e santificação, que incluía o batismo do Espírito Santo..

C. Parham e W. Seymour deram início à primeira das três ondas do movimento pentecostal Em poucos anos, o pentecostalismo atraiu um número crescente de membros nos Estados Unidos e atingiu proporções internacionais. Na década de 1960, ocorreu a segunda onda, quando a glossolalia penetrou nas igrejas protestantes tradicionais e no catolicismo - os chamados cristãos renovados ou renovação carismática. A terceira onda surgiu vinte anos mais tarde, quando se acrescentou a ênfase em milagres e cultos de intensa celebração religiosa, hoje conhecidos nos USA como Celebration Praise.

O fenômeno não idiomático, mas emocional e de êxtase surgiu do nada, sem qualquer apoio teológico e científico sendo assimilado sem nenhuma controvérsia a não ser pelos ASD, que continuaram sozinhos e sendo considerados "seita".

A forma excêntrica de evangelismo ocupou um lugar de destaque no mundo dos crentes, promovendo a unificação nos métodos da pregação evangélica não escriturística tanto no AT como NT. Os ASD mantêm um padrão escriturístico de ser tal como a Igreja Apostólica. Herdeiros fiéis da pureza da Igreja de Efeso (Ap. 2:1-3)..

Nessa excentricidade do moderno evangelismo, prevaleceu a contrafação do verdadeiro derramento do Espírito Santo, sem que ninguém promovesse a argumentação de serem sectários (seita). Os pentecostais surgiram no Século 19 e 20 de uma forma abrupta, dando margem para que um sincretismo religioso ocupasse o espaço assimilado pelo mundo evangélico convencional. E não somente isso, mas também surgiram um mundaréu de outras seitas neopentecostais, vertentes de outras instituições sectárias baseadas também na glossolalia provocadas pela dissidências denominacionais e pelo êxtase..

Conclusão.

Por isso, os ADS estão sozinhos e desacompanhados de parceiros na evangelização mundial, em cumprimento a Grande Comissão ordenada pelo nosso Salvador (Mt. 28:18-20; Mc. 16:15-18; Lc. 24:44-49; Mt. 24:14 e Ap. 14:6-12).

Portanto, o que importa para os ASD se a comunidade evangélica os considere seita? Ou melhor o que isso se lhes aproveita e/ou desmerece? Isso não os desmerece em nada, contanto que a ordem do Mestre seja cumprida nos quatro cantos da Terra, enquanto o anjo selador (Ap.7:1-3), cumprindo a determinação vista em visão pelo profeta Ezequiel (Ez. 9:1-11), prevaleça na direção culminante do selamento dos servos de Deus.

Paulo estava certo quando foi considerado uma peste quando Tértulo o assim acusou ser pertencente da "seita dos nazarenos".(Atos 24:5). Prontamente diante de Félix autoridade que foi testemunha desta acusação se defende prontamente argüindo de forma humilde ""Porém confesso que Segundo o Caminho, a que chamam de 'seita', assim eu sirvo ao meu Deus..."(Atos 24:14).

Para os ADS é um prazer serem vilipendiados com a pecha de seita, se estamos andando nAquele que é o Caminho...(Jo. 14:6).

A visão doce amarga (agridoce) de João (Ap 10: 1-11), ainda se faz necessário até hoje. O doce amargo para todos aqueles que aceitam o Adventismo como verdade se fará sentir até o seu final.

A oposição sempre existirá. O Grande Conflito ainda persistirá até o fim do Tempo do Fim. A Última Batalha entre Cristo e Satanás (Ap. 12), entre a Igreja Vestida de Sol (Ap12) e a mulher vestida de púrpura que se acha sentada sobre muitas águas (Ap. 17:1...), consiste nas duas únicas igrejas que existem nesse mundo numa luta sem precedentes, entre o Bem e Mal, o caminho largo e o estreito, as ovelhas e os cabritos, os que estiverem a direita e a esquerda, as duas igrejas, A Igreja de Cisto e a sinagoga do diabo (Grande Julgamento (Mt.25: 31-46).

Esta é uma realidade indescartável. Os ASD estão solitários no cumprimento da Grande Comissão Evangélica, porquanto o que assistimos hoje é uma pulverização denominacional de ministérios dissidentes e fossilizados diante de um mercantilismo gospel.

E como ficam as almas aflitas por quem Cristo morreu? Que o SENHOR nosso Deus tenha misericórdia de nós todos. A Bíblia ainda é a nossa bússola que nos ensina que devemos chegar ao pleno conhecimento da verdade...( 2Tim. 2:25; Ef 1:16-20); porque nada podemos contra a verdade (2Cor.13:8).

Por isso, é necessários que sejamos ensinados na verdade como ela é em Jesus(Ef. 4:21). Lamentavelmente, nem todos receberão o amor da verdade para serem salvos (2Tes. 2;10.

A FÉ NÃO É PARA TODOS. Se fosse ninguém se perderia

Que o SENHOR nosso se apiede de nós, e tenha misericórdia da nossa impulsividade e nos ajude livrando-nos da nossa incredulidade.

Maranata.
Ora vem SENHOR Jesus, Amém

Por Olavo Ferro
Igreja Adventista Central do Recife
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