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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Haverá Casamento no Céu?



1. Um dia desses, quando entrava eu na Igreja Adventista do 7° Dia - Central do Recife fui abordado por uma turma de jovens com a solene e irrespondível pergunta: Haverá Casamento no Céu?

2. Aliás, frequentemente ouço essa pergunta feita por solteiros e, às vezes, até mesmo por alguém casado.

3. A grande discussão é que se não houver casamento no Céu, eles prefeririam se casar e terem filhos aqui.

4. Os casados por sua vez dizem que gostariam de continuar seu relacionamento no Céu. O fato é que a resposta da Bíblia é muito clara. Contudo, parece criar um problema teológico.

5. O certo é que alguns saduceus criaram um quebra cabeças para Jesus. Coitados.

6. Esse assunto foi tratado igualmente por todos os evangelistas sinóticos.

Mateus / Marcos / Lucas.

7. Os saduceus fizeram essa pergunta esperando refutar a Doutrina da Ressurreição.

8. Apresentaram um Caso Hipotético, Abordando a Lei do Levirato(Dt. 25:5 e 6).


9. Em Mc. 12:23 – A Questão.

A resposta de Jesus.

10. Jesus chamou-os de ignorantes – Mt. 22:29

11. Os saduceus pensavam que a vida após a ressurreição seria uma continuação da vida como a conhecemos agora.

12. Jesus os surpreendeu destacando um elemento importante de Descontinuidade. Por isso, disse-lhes Ele: Serão como os anjos no Céu(Mc. 12:25).

13. Não se casam nem serão dados em casamento(Lc 20:35 e 36.

14. A lógica de Jesus é de que não se casarão, porque que na ausência da morte não há necessidade de perpetuar a raça humana por meio da reprodução humana. Ademais, o planeta Terra já estará cheia (Gn. 2:28).

15. Nesse sentido, os seres humanos serão como os anjos que não se casam porque não morrem. A perpetuação da Terra deu-se após o pecado. Em outras palavras, o casal ascendente, por escolha sua, não passaram no seu estágio probatório.

Implicações Teológicas.

16. A resposta de Jesus cria um dilema teológico na mente de muitos.

17. Se o Casamento assim como o Sábado foi instituído antes da entrada do pecado, por que seria incompatível com a Nova Terra? Não é uma questão interessante?

18. O fato de Não Haver Casamento no Céu, isso não sugere, de modo algum, que o pecado arruinou uma instituição divina de forma irreparável, e que o plano divino para a humanidade foi arruinado pelo mal.

19. Como enfrentarmos uma realidade espiritual deste porte, que implica numa resposta inteligente e lógica de que Deus não comete erros nem suas criaturas foram criadas com defeito de fabricação.?

20. Primeiro que tudo, precisamos assumir que Deus, originalmente, não havia planejado que o casamento fosse uma instituição social permanente e/ou eternas. Isto está mais que evidente.

21. Isto significa dizer que quando a Terra estivesse cheia ...!!! a madre seria fechada. É a lógica do texto.

22. Portanto, o casamento tinha duas funções claras intimamente relacionadas antes do pecado:

Procriação e Companheirismo.

23. No caso a procriação tinha uma função muito específica. Prova bíblica: Gn. 1:28. Enchei a Terra

24. Dai inferirmos, que na ausência da morte, uma vez que o objetivo fosse alcançado – Encher a Terra – não haveria mais procriação – Essa ideia de Jesus foi confirmada em Sua resposta aos saduceus. "Não se casam..."

25. Enquanto isso a função do Companheirismo – o Casamento transcenderia numa profunda comunhão com Deus.

26. Desse modo, certo estava Paulo quando citando Isaías disse:

" o que os olhos não viram, os ouvidos jamais ouviram, nem subiu ao coração do homem, são as coisas que Deus tem preparados para aqueles que O Amam." (I Cor. 2:9 e Is. 64:4)

27. É bem provável que diante da ausência do pecado e da morte, a intenção divina nunca tenha sido de que o círculo do Companheirismo fosse o Casamento um símbolo de um relacionamento com a família cósmica, seria . Algo transcendental que está além da nossa mente atual limitada as coisas deste mundo. Lc. 20:36 – ser como os anjos, ou melhor iguais aos anjos, Transcenderia em uma profunda e íntima comunhão com Deus e com os mundos não caídos. Seria uma experiência profunda incomparavelmente melhor.

28. Fato é que após o pecado, o ser humano vem experimentando uma perda cognitiva evidente. A cada ano que passa esse perda se acentua de tal modo que ficamos debilitado para pensar espiritualmente. Eis a nossa severa Realidade.

29. Portanto, Lc 20:36 deve ser a referência de vida que é infinitamente mais profunda do que o casamento., a tal ponto sequer podermos imaginar o que será a nossa vida porvir.

30. Alcançaremos uma dimensão cósmica da pureza do amor altruísta, do amor princípio.

Inimaginável. Ocupe-se a nossa mente com isso. Mas, fiquem à vontade e livres para discordar de mim. Afinal de contas, somente quando estivermos lá é que verdadeiramente seremos investidos na gloria das futuras descobertas. Até lá tudo é uma incógnita.

31. Aproveitamos para ventilar a nossa humilde imaginação com os Enxertos Proféticos do Espírito de Profecia sobre o assunto:

Felicidade Assegurada

"Jesus ergueu o véu da vida futura. "Na ressurreição", disse Ele, "nem casam nem são dados em casamento; mas serão como os anjos de Deus no Céu." Mat. 22:30. O Desejado de Todas as Nações, pág. 605. "

"Homens há, hoje em dia, que exprimem sua crença em que haverá casamentos e nascimentos na Nova Terra; aqueles, porém, que acreditam nas Escrituras, não podem aceitar tais doutrinas. A doutrina de que nasçam crianças na Nova Terra não é parte da "firme palavra da profecia". ...

"É presunção condescender com suposições e teorias quanto a temas que Deus não nos deu a conhecer em Sua Palavra. Não necessitamos entrar em especulação relativamente ao nosso estado futuro. " Mensagens Escolhidas, vol. 1, págs. 172 e 173.

Os obreiros de Deus não devem gastar tempo especulando quanto às condições que hão de reinar na Nova Terra. É presunção ocupar-se com suposições e teorias relativamente a assuntos que o Senhor não revelou. Ele tem tomado todas as providências para nossa felicidade na vida futura, e não nos compete especular quanto a Seus planos a nosso respeito. Nem devemos calcular as condições da vida futura pelas desta vida. Obreiros Evangélicos, pág. 314.


É Preservada a Identidade dos Remidos

A ressurreição de Cristo era um símbolo da final ressurreição de todos quantos n'Ele dormem. O semblante do Salvador ressuscitado, Sua maneira, Sua linguagem, tudo era familiar aos discípulos. Como Jesus ressurgiu dos mortos, assim hão de ressuscitar os que n'Ele dormem. Reconheceremos os nossos amigos, da mesma maneira que os discípulos a Jesus. Talvez hajam sido deformados, doentes, desfigurados nesta vida mortal, ressurgindo em plena saúde e formosura; no entanto, no corpo glorificado, será perfeitamente mantida a identidade. O Desejado de Todas as Nações, pág. 804.

"Ressurgirá a mesma forma, mas estará livre de doenças e de todo defeito. Ela torna a viver, tendo as mesmas feições individuais, de modo que os amigos reconheçam uns aos outros".The Seventh-day Adventist Bible Commentary, vol. 6, pág. 1.093.

"Ali conheceremos como também somos conhecidos. Ali, o amor e simpatia que Deus plantou na alma encontrarão o mais verdadeiro e suave exercício". Educação, pág. 306.


Obs.: este artigo é uma paráfrase do Artigo do Pr. Ángel Manuel Rodrigues, sobre o título Haverá Casamento no Céu?, publicada na Adventist World de Agosto/2012.

Concordo com ele em tudo. Fantástico.


Por Olavo Ferro
Igreja Adventista do 7º Dia - Central do Recife


2 comentários:

  1. Olá irmão Olavo!
    Concordo também com esse texto.
    Excelente mesmo!
    Grande abraço e que Deus continue o usando em Suas mãos.

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  2. Que belo trabalho, o amor está presente na totalidade de suas postagens, trazendo edificação ao Corpo de Cristo.
    Retornarei em breve...

    Parabéns!!!

    Caso ainda não esteja seguindo o meu blog, deixo aqui o convite:
    http://frutodoespirito9.blogspot.com/

    Afetuosamente,

    ***Lucy***

    P.S. Visite também;
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